Hoje, fim de tarde.
eu sentada no chão acalorado de alcatifa,
encostada à janela de vidro.
E tu, em pé na varanda,
encostado à janela transpirada da chuva.
Dois mundos
unidos por uma janela,
nada mais.
Quatro olhos
seduzidos pelo suor embebido,
nada mais.
Dez dedos
desenhando movimento contra,
nada mais.
Mais dez...
enevoaram-na.
Anoiteceu,
Tu agora sentado no mármore aquecido
e eu, em pé envolvida na cortina suada.
Ainda chove,
nada mais.
RVR
God... As coisas que consegues dizer sem palavras. Os arrepios que provocas com as tuas reticências... De facto, há pessoas que nascem para as palavras. Como moves e promoves as palavras deixa-me a girar sobre elas e sobre o seu real significado. Excelente trabalho.
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